Que conste nos autos que isso é uma concessão! Continuo preferindo as verdades doídas, daquelas que te desorientam por minutos e te fazem mais gente pro resto da vida.
Uns dias por mês eu até concordo com lady Lispector, que não mentir é um dom que o mundo não merece. Habitualmente minha tendência é acreditar que quem fala a verdade não merece castigo. (aff, polianice duzinfernu!) Mas infelizmente não é todo mundo que concorda com isso, o que me obriga a ver (e ouvir e sentir!) coisas que sinceramente não mereço, dado o completo desguarnecimento de minha alma hohoho
Já aprendi que sinceridade não pode ser desculpa pra má educação (morro de arrependimento por verdades absolutamente desnecessárias que já disse!) mas algumas coisas simplesmente precisam ser ditas, sem muita enrolação, pq corre o risco da pessoa simplesmente não ver o derradeiro soterrado sob quilos de eufemismos e reticências. A intenção pode até ser boa, mas amenizar demais o conteúdo traumático de algumas frases dá dor de estômago em quem escuta e dor de cabeça em quem (não) fala.
Algumas atitudes - mesmo as mais polidas - tem voz própria, até dispensariam as palavras SE todo mundo ouvisse E escutasse os bips subliminares que elas emitem. Ouvir até que ouve, percebe que tem algo esquisito, mas por motivos que nem Freud explica, não reage de acordo: manifestações veladas de desinteresse, lapsos de memória, excesso de trabalho e outras desculpas esfarrapadas correlatas deveriam bastar, mas estranhamente a maioria das pessoas abstrai os bips e segue investindo em relações fadadas ao fracasso apenasmente pela unilateralidade do interesse. Percebem? Não há nada de errado, ele não é um sacana, ela não é uma idiota(e vice versa, é claro)... aliás, vai ver é até muito ao contrário, ambos são ótemos, tão civilizados que não querem se magoar. ahan.
Dai que eu acho que aquelas coisas pavorosas que a gente ouve por ai - por ai, que conosco nunca acontece, graças a Alah - evitariam um mal maior. (SE os envolvidos forem só surdos, pq se forem burros tb dai não tem salvação merrrrmo) "não posso te oferecer tudo que merece"; "o problema não é vc, sou eu"; "as coisas estão acontecendo rápido demais"; "estou confuso" é cretino, mas ninguém pode dizer que não é gentil.
Na verdade, essas frases - e todas as variantes igualmente delicadas e mentirosas - já são satisfatoriamente codificadas pelo cérebro. Eu só não entendo o que desarma os sistemas de defesa quando entram por ouvidos emocionalmente afetados. Inverdades desse naipe são o correspondente verbal das atitudes evasivas. Tecnicamente, elas ajudam os distraídos. Essencialmente, são o top da urbanidade. Não funcionam por um detalhe besta: atenção seletiva. A gente só presta atenção no que quer. tsc
Leoni inclusive já musicou essa constatação: se agora eu cato a alma pelos cantos a culpa não foi sua, eu te garanto! Eu sei, você não vai querer saber... a gente sofre sempre por querer!!!
Uns dias por mês eu até concordo com lady Lispector, que não mentir é um dom que o mundo não merece. Habitualmente minha tendência é acreditar que quem fala a verdade não merece castigo. (aff, polianice duzinfernu!) Mas infelizmente não é todo mundo que concorda com isso, o que me obriga a ver (e ouvir e sentir!) coisas que sinceramente não mereço, dado o completo desguarnecimento de minha alma hohoho
Já aprendi que sinceridade não pode ser desculpa pra má educação (morro de arrependimento por verdades absolutamente desnecessárias que já disse!) mas algumas coisas simplesmente precisam ser ditas, sem muita enrolação, pq corre o risco da pessoa simplesmente não ver o derradeiro soterrado sob quilos de eufemismos e reticências. A intenção pode até ser boa, mas amenizar demais o conteúdo traumático de algumas frases dá dor de estômago em quem escuta e dor de cabeça em quem (não) fala.
Algumas atitudes - mesmo as mais polidas - tem voz própria, até dispensariam as palavras SE todo mundo ouvisse E escutasse os bips subliminares que elas emitem. Ouvir até que ouve, percebe que tem algo esquisito, mas por motivos que nem Freud explica, não reage de acordo: manifestações veladas de desinteresse, lapsos de memória, excesso de trabalho e outras desculpas esfarrapadas correlatas deveriam bastar, mas estranhamente a maioria das pessoas abstrai os bips e segue investindo em relações fadadas ao fracasso apenasmente pela unilateralidade do interesse. Percebem? Não há nada de errado, ele não é um sacana, ela não é uma idiota(e vice versa, é claro)... aliás, vai ver é até muito ao contrário, ambos são ótemos, tão civilizados que não querem se magoar. ahan.
Dai que eu acho que aquelas coisas pavorosas que a gente ouve por ai - por ai, que conosco nunca acontece, graças a Alah - evitariam um mal maior. (SE os envolvidos forem só surdos, pq se forem burros tb dai não tem salvação merrrrmo) "não posso te oferecer tudo que merece"; "o problema não é vc, sou eu"; "as coisas estão acontecendo rápido demais"; "estou confuso" é cretino, mas ninguém pode dizer que não é gentil.
Na verdade, essas frases - e todas as variantes igualmente delicadas e mentirosas - já são satisfatoriamente codificadas pelo cérebro. Eu só não entendo o que desarma os sistemas de defesa quando entram por ouvidos emocionalmente afetados. Inverdades desse naipe são o correspondente verbal das atitudes evasivas. Tecnicamente, elas ajudam os distraídos. Essencialmente, são o top da urbanidade. Não funcionam por um detalhe besta: atenção seletiva. A gente só presta atenção no que quer. tsc
Leoni inclusive já musicou essa constatação: se agora eu cato a alma pelos cantos a culpa não foi sua, eu te garanto! Eu sei, você não vai querer saber... a gente sofre sempre por querer!!!