30 setembro 2010

SE O INESPERADO QUER CHEGAR, EU DEIXO!

Eu sempre uso os mesmos versos de Calcanhoto para entrelinhar as coisas que me acontecem assim, naturalmente, na simplicidade, sem aqueles enguiços irritantes que são uma constante na minha vida... 

Pois aconteceu de novo, minha gente. Parece outra "pequena epifania" mas ainda é cedo demais pra prever se vai acabar como a do Caio F... Aconteceu sem um sino pra tocar, sem que o chão tivesse estrelas, sem que houvesse nenhum drama!!!

Tô achando tudo tão leve... 

♬  Será que a gente é louca ou lúcida quando quer que tudo vire música? 

26 setembro 2010

VR MOTO FEST

Frejat esteve na terrinha outra vez. E outra vez eu fui ve-lo.

Era um encontro nacional de motociclistas (sim, aquele povo que se veste de couro e tem aquelas motos que parecem carros disfarçados!);

O tempo estava nada convidativo;

Talinha - que eu sempre carrego pra esses programas de índio - não quis ir;

Havia uma micro possibilidade de encontrar cabeça de bacalhau - a quem nunca mais vi e por força do treinamento de desapego, talvez fosse melhor continuar não vendo.

Mas eu fui assim mesmo, pq por Roberto Frejat ♬ eu aceitaria a vida como ela é ♬... rs

O show, claro, foi perfeito como sempre. Mas o que eu queria mesmo contar é que tive que rever meus (pré) conceitos: sai de casa convicta que seria mais uma festa estranha com gente esquisita e com a idéia de apenas de ir ver meu cinquentão preferido e depois pular na cama quentinha do albergue da Lou mas pouco tempo antes do show acabar, já prestes a virar abórora - a poucos minutos daquela hora em que começo a assumir minha velhice e perturbar as pessoas pra ir embora - eu percebo um mocinho vestido a carater para o evento me olhando desavergonhada e encantadoramente. Na verdade o mocinho não só olhava desavergonhadamente como também sorriu até não me ser possível ignorar.

Pois eu que admiro cada vez mais as pessoas que fazem alguma coisa com o que querem, lhe retribui com o meu mais desarmado sorriso e isso me deu a oportunidade de conhecer mais um desses tipos sui generis que vezenquando passam pela minha vida pra me lembrar que a gente sempre tem o que aprender. Dai que aprendi já nos primeiros minutos que chama-los de motoqueiros é ofensivo. Motoqueiro é motociclista meia roda, sim? Não cometam o mesmo erro! 

Para o meu espanto, aprendi também que esses motociclistas filiados e fiéis à alguma associação têm uma vida em pararelo! Ao contrário do que minha fantasia imaginava, eles não se vestem de couro e se enfeitam com correntes todos os dias! São bancários, professores, policiais, médicos, engenheiros etc que gostam dessas motos estravagantes e nas horas extra-comerciais se reunem pra gostarem juntos, digamos assim. Trazem suas mulheres e filhos, inclusive.

Minha fantasia - que também associava a eles comportamentos inapropriados, se esfumaçou por completo ao constatar que não vi NENHUMA briga, não vi nenhum casal perdendo a linha, nem gente mais alcoolizada que o razoável, nem a mais remota demonstração de falta de civilidade. Pelo contrário, o mocinho me explicou que de maneira geral eles são bem comprometidos com causas sociais e levam mó a sério as religiosas. 

(A essas alturas pra ser honesta devo acrescentar que pela qualidade do approach valeria a pena considerar o que mais ele poderia me ensinar hohoho)

O fim da noite foi decepcionante para o mocinho (se fosse diferente não seria eu, né?) mas como a vida tira com uma mão e dá com a outra, não é que ele estará a semana inteirinha na cidade para um treinamento da empresa onde trabalha?

Se for bacana, volto pra contar. Se o assunto morrer aqui, das duas uma: ou foi mais bacana que o publicável ou a paisana o mocinho não apresentou o mesmo desempenho.


17 setembro 2010

DOE PALAVRAS

No Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, 08 de abril, o Instituto Mário Penna lançou a Campanha “Doe Palavras”. Criativa e inédita, a iniciativa quer incentivar a demonstração de carinho aos que sofrem com a doença. A ideia é gerar um banco de mensagens e pensamentos positivos que transmita aos pacientes esperança, conforto e acolhimento. As mensagens serão recebidas em uma plataforma web e transmitidas em tempo real nos televisores instalados nas dependências do Hospital Mário Penna.  



Ao invés de pedir doações em dinheiro, mantimentos etc., a Campanha apela para o sentimento solidário, se diferenciando por insistir apenas na doação de palavras e de atenção. Segundo o superintendente geral do Instituto Mário Penna, Cássio Eduardo Rosa Resende, palavras expressam sentimentos e por isso se tornam mais significativas do que o dinheiro. “Buscamos uma campanha que trouxesse aos pacientes coisas que o dinheiro não pode comprar, como motivação, carinho e solidariedade. Essas palavras ajudarão aos pacientes e familiares a enfrentar o tratamento com mais coragem”, destacou.  

As mensagens podem ser enviadas diretamente pelo www.doepalavras.com.br ou via Twitter, http://twitter.com/doepalavras.

(aliás, oportunidade i-m-p-e-r-d-í-v-e-l de salvar o twitter da inutilidade completa, não?)

En retard como sempre, só agora que fiquei sabendo... mas antes tarde do que nunca, minha gente!

Divulguem! Participem!

15 setembro 2010

♬ Nem tudo que reluz corrompe
Nem tudo que é bonito aparenta
Nem tudo que é infalível se aguenta

Nem tudo que ilude mente
Nem tudo que é gostoso tá quente
Nem tudo que se encaixa é pra sempre

Nem tudo que é sucesso se esquece
Nem todo pressentimento acontece

Nem tudo que se diz tá dito
Nem tudo que não é você é esquisito
 
Nem tudo que acaba aqui deixa de ser infinito... ♬
Zelia Duncan

Sem mais para o momento.

01 setembro 2010

ODEIO-TE, MEU AMOR!

Dia desses eu tava conversando com a Dani sobre aqueles seres que só desorientam sem trazer nada de bom. São relações exaustivas, irracionais, cheias de não-ditos mas apesar de absolutamente nocivas, contra todo o bom senso e amor próprio, são justamente elas que nos fazem mais vivas... COMO ASSIM, BIAL?

Todo mundo sabe o que é isso, aquele encosto de estimação que não há reza no mundo que exorcize? Vcs já perderam a linha, já se machucaram várias vezes, já tentaram ser civilizados, já disseram tchau mas ninguém vai embora! Minha gente, apego é capetice! Não não pode ser seu, vc nem sabe se quer de verdade mas não largaaaaaa!

Do meu encosto pleno levei quase uma vida pra desapegar. Perdi anos a fio presa sabe Deus a que, e agora que já passou não consigo lembrar de nada que tenha sido realmente do bem nessa história. Agora, com tantos anos de distância emocional, não encontro motivos pra'quela consumição toda.

Já com o encosto sênior tudo sempre me pareceu sob controle, mas a verdade é que além de tempo eu perdi a vergonha da cara, meu bom humor e um naco generoso de tolerância. Não construimos nada mas mesmo assim vezenquando eu ainda me pego com uma saudade fininha. (saudade de que exatamente ainda é um mistério!) Não nos vemos há meses e é a solução pra nós, pq tenho certeza que se a gente retomar o contato vou perder a serenidade.

Eu comecei a pensar nessas coisas recentemente, treinando o desapego de encosto júnior - que é a contra prova disso que estou pensando, que quanto mais esfarrapados os sentimentos, mas força eles têm pra nos prender: andei atrás desse homem um ano inteirinho, esmolando o amor tranquilo que achei que ele podia me trazer. Mas não fiz nada (muito) imbecil, nenhuma loucura. Era uma relação serena, sem grandes variações na CNTP rs Dai que tô fazendo um giga esforço pra esquecer, mas quando lembro eu só lamento o que a gente não vai ser e não o que fomos, entendem?

Com pleno e sênior era transparente como água que não tinha futuro e exatamente por isso devo ter vivido tudo-ao-mesmo-tempo-agora. E com júnior, que era mais próximo da normalidade que todo mundo precisa (?) um sentimento mais maduro e saudável, parece que justamente por ser possível não me gastou tanto.

Que doidera!