Frejat esteve na terrinha outra vez. E outra vez eu fui ve-lo.
Era um encontro nacional de motociclistas (sim, aquele povo que se veste de couro e tem aquelas motos que parecem carros disfarçados!);
Era um encontro nacional de motociclistas (sim, aquele povo que se veste de couro e tem aquelas motos que parecem carros disfarçados!);
O tempo estava nada convidativo;
Talinha - que eu sempre carrego pra esses programas de índio - não quis ir;
Havia uma micro possibilidade de encontrar cabeça de bacalhau - a quem nunca mais vi e por força do treinamento de desapego, talvez fosse melhor continuar não vendo.
Mas eu fui assim mesmo, pq por Roberto Frejat ♬ eu aceitaria a vida como ela é ♬... rs
O show, claro, foi perfeito como sempre. Mas o que eu queria mesmo contar é que tive que rever meus (pré) conceitos: sai de casa convicta que seria mais uma festa estranha com gente esquisita e com a idéia de apenas de ir ver meu cinquentão preferido e depois pular na cama quentinha do albergue da Lou mas pouco tempo antes do show acabar, já prestes a virar abórora - a poucos minutos daquela hora em que começo a assumir minha velhice e perturbar as pessoas pra ir embora - eu percebo um mocinho vestido a carater para o evento me olhando desavergonhada e encantadoramente. Na verdade o mocinho não só olhava desavergonhadamente como também sorriu até não me ser possível ignorar.
Pois eu que admiro cada vez mais as pessoas que fazem alguma coisa com o que querem, lhe retribui com o meu mais desarmado sorriso e isso me deu a oportunidade de conhecer mais um desses tipos sui generis que vezenquando passam pela minha vida pra me lembrar que a gente sempre tem o que aprender. Dai que aprendi já nos primeiros minutos que chama-los de motoqueiros é ofensivo. Motoqueiro é motociclista meia roda, sim? Não cometam o mesmo erro!
Para o meu espanto, aprendi também que esses motociclistas filiados e fiéis à alguma associação têm uma vida em pararelo! Ao contrário do que minha fantasia imaginava, eles não se vestem de couro e se enfeitam com correntes todos os dias! São bancários, professores, policiais, médicos, engenheiros etc que gostam dessas motos estravagantes e nas horas extra-comerciais se reunem pra gostarem juntos, digamos assim. Trazem suas mulheres e filhos, inclusive.
Minha fantasia - que também associava a eles comportamentos inapropriados, se esfumaçou por completo ao constatar que não vi NENHUMA briga, não vi nenhum casal perdendo a linha, nem gente mais alcoolizada que o razoável, nem a mais remota demonstração de falta de civilidade. Pelo contrário, o mocinho me explicou que de maneira geral eles são bem comprometidos com causas sociais e levam mó a sério as religiosas.
(A essas alturas pra ser honesta devo acrescentar que pela qualidade do approach valeria a pena considerar o que mais ele poderia me ensinar hohoho)
O fim da noite foi decepcionante para o mocinho (se fosse diferente não seria eu, né?) mas como a vida tira com uma mão e dá com a outra, não é que ele estará a semana inteirinha na cidade para um treinamento da empresa onde trabalha?
Se for bacana, volto pra contar. Se o assunto morrer aqui, das duas uma: ou foi mais bacana que o publicável ou a paisana o mocinho não apresentou o mesmo desempenho.
4 comentários:
Guria, como eu gosto de motos e trabalhei com elas um bom tempo, eu já sabia.. Tudo gente direitina com vida paralela... Motociclitas... Vai que a vida não esta te preparando uma boa surpresa de conhecer algo novo :P.
Beijos meus
Boooorn to be wild !!!!
Boa sorte pra ti !
hahaha! vá lá e arrase. e volte aqui, se couber.
E no final somos quase todos gente da mesma argila. )Queria tanto ter ido ao show... não rolou)
Mas de qualquer forma, "desejo que você tenha a quem amar" e se não rolar "te desejo muitos amigos".
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