30 abril 2011

SOBRE O PECADO DE ESTIMAÇÃO DAS MÃES

Quem conhece alguma mãe que diferencia o tratamento entre filhos e filhas levanta a mão e grita eeeeeeeeeeeeeeu!!!!

Desde que me entendo por gente sinto isso na pele. E vezenquanto sinto no coração, numa revolta tão grande quanto inútil pelo descaramento com que sra minha mãe protege meu irmão e me deixa na pista, como se a gente não tivesse saído do mesmo buraco: ela não é justa, não é coerente e nem sente aquela culpinha básica depois. Tropeça nos fiapos das suas justificativas e não raro nega todas as coisas mais idiotas que diz ou faz.

Eu acho que tanta obstinação em defender quem não está sendo ameaçado só pode ser inconsciente, mas na grande maioria das vezes - manda a verdade que se diga - saber disso não me ajuda em nada e eu passo hoooooras agonizando numa poça de coitadismo, espumando de ódio e impotência, torcendo pra que Jesus volte e dê um flagrante naquela arbitrariedade hohoho

Pois dia desses aconteceu de novo. Não cheguei a espumar afinal a gente vai se calejando com o passar dos anos e algumas coisas perdem a força, mas me doeu bastante ouvir o que ouvi, particularmente pq não tinha um pingo de verdade, era a mais pura mistura de teimosia com auto defesa. Dai que passei a manhã inteira choramingando com Jana no nosso chat corporativo até passar os olhos pela coluna de Ivan Martins na Época dessa semana.

Como filho único e caçula ele reconhece os privilégios que teve e considera a hipótese dessa proteção ter uma justificativa de ordem prática: "... É como se as mães intuíssem uma fraqueza e apoiassem quem precisava delas. Quem é forte ganha o mundo, quem é fraco ganha um carro..."

Continua sendo bem injusto mas faz todo sentido. Pelo menos na casa de sinhá.

O texto também traz uma "teoria da conspiração" (adorooooooooo! rs) Discordo dos argumentos mas a conclusão me parece bem razoável: as famílias parecem estar preparando melhor as meninas do que os meninos para lidar com o mundo.

Percebo que cada vez que levantei da minha poça de coitadismo jurando que não passaria por aquela situação de novo, mais do que envenenar a alma com sentimentos plebeus eu construi alguma coisa mais sólida. Acho que fui acurando meu senso crítico, me tornando mais capaz de empatia e solidariedade. Fui aprendendo a esticar os braços pra alcançar o que eu quero, já que esperar alguém pegar pra mim a vida vem ensinando que é perda de tempo.

Devo dizer que esse texto me caiu como um edredon em noite fria. Estou bem consoladinha, sabe? rs

Para além do ressentimento inevitável de quem se sente fora do ninho, há algum mérito nesse pequeno exílio: me ensinar a deixar passar o que passa \o/



(Ou não, né? Vai saber pra que buraco essa polianice toda me arrasta...)

10 abril 2011

TEMPUS FUGIT!

Eu disfarço bem, mas a verdade é que sempre fui meio Alice, aquela tonta que ouviu de um gato meio afeminado que 'pra quem não sabe pra onde vai qualquer caminho serve!'

Sempre vencida pela curiosidade, vivo me enfiando em buracos escuros - cientíssima do perigo mas incapaz de bom senso! - hiptonizada pela paranóia de coelhos atrasados pra vida...


Pois aconteceu de novo! tsc

Pra ser bem honesta é a 3ª vez que acontece com o mesmo ser e eu ainda não estou satisfeita. tsc²

Até quando minhas urgências vão me envergonhar desse jeito?