Domingo passado eu vi 2 filmes: uma animação de massinha (Mary & Max. Tristinho que só, mas mesmo assim eu gostei) e My Sister's Keeper.
O segundo além de salvar o dia e ser mais um desses filmes "baseados nos meus achismos reais" ainda me ajudou a decidir que definitivamente não quero exorbitâncias para tentar me manter viva. Qdo chegar minha hora, me deixem, que eu sigo com os anjos. Pro caso d´eu ficar inconsciente: eu não quero vegetar. Desliguem os aparelhos sem choro nem velas, combinado? (Talinha, vc está oficialmente incumbida de lembrar minha família se for necessário!)
Pq isso agora? Bem, o filme é sobre a obstinação de uma mãe em prolongar a vida de sua filha que tem leucemia. Como transplante de medula era uma boa tentativa, ela engravidou de novo pro bb poder ser um doador. Dai que o bb cresceu e exigiu o direito de dispor sobre o seu próprio corpo (que durante 13 anos foi submetido à cirurgias e transfusões e estavam cogitando a doação de um rim!) Só conto até aqui. rs
Dai que já gastei muita massa cinzenta pensando que o homem inventou meios artificiais de sobre-vida para mais tarde pleitear na justiça o direito de executar uma sentença que a vida já tinha dado. Como diria Sinhá Baby, muito estlanho...
Não é de hoje que os homens brincam de ser Deus:
O segundo além de salvar o dia e ser mais um desses filmes "baseados nos meus achismos reais" ainda me ajudou a decidir que definitivamente não quero exorbitâncias para tentar me manter viva. Qdo chegar minha hora, me deixem, que eu sigo com os anjos. Pro caso d´eu ficar inconsciente: eu não quero vegetar. Desliguem os aparelhos sem choro nem velas, combinado? (Talinha, vc está oficialmente incumbida de lembrar minha família se for necessário!)
Pq isso agora? Bem, o filme é sobre a obstinação de uma mãe em prolongar a vida de sua filha que tem leucemia. Como transplante de medula era uma boa tentativa, ela engravidou de novo pro bb poder ser um doador. Dai que o bb cresceu e exigiu o direito de dispor sobre o seu próprio corpo (que durante 13 anos foi submetido à cirurgias e transfusões e estavam cogitando a doação de um rim!) Só conto até aqui. rs
Dai que já gastei muita massa cinzenta pensando que o homem inventou meios artificiais de sobre-vida para mais tarde pleitear na justiça o direito de executar uma sentença que a vida já tinha dado. Como diria Sinhá Baby, muito estlanho...
Não é de hoje que os homens brincam de ser Deus:
dos cientistas que anunciam clones (fakes ou não) aos traficantes que decidem quando e como alguém vai morrer;
dos fundamentalistas de todas as religiões aos chefes de estado que fazem nos outros países o que é inconcebível dentro de suas fronteiras;
dos pais que assistiram sua filha morrer pq estavam rezando pela sua cura aos que sacrificam esses mesmos filhos em rituais de magia negra...
Vou dizer uma coisa e vai parecer que sou impressionável, mas bb´s de proveta são mesmo um avanço da medicina ou um capricho dos pais? Ou é a vaidade humana com roupagens de ciência, o pecado original contemporâneo?
Ainda não sei o que penso sobre eutanásia, mas me parece razoável questionar que tipo de vida tem as pessoas que dependem de uma máquina para respirar. Que direito teria eu de esgotar o dinheiro (e os nervos!) da minha família pra adiar por meses ou anos um final que é certo? Em que ponto lutar pela vida passa a ser contraditório, incongruente com a dignidade humana?
Outra: vai soar medieval, mas que direito tem uma mulher de engravidar para dispor da medula ossea da criança? Até então nunca tinha pensado nisso, mas as vezes por amor, a gente também precisa se conformar...
Vou dizer uma coisa e vai parecer que sou impressionável, mas bb´s de proveta são mesmo um avanço da medicina ou um capricho dos pais? Ou é a vaidade humana com roupagens de ciência, o pecado original contemporâneo?
Ainda não sei o que penso sobre eutanásia, mas me parece razoável questionar que tipo de vida tem as pessoas que dependem de uma máquina para respirar. Que direito teria eu de esgotar o dinheiro (e os nervos!) da minha família pra adiar por meses ou anos um final que é certo? Em que ponto lutar pela vida passa a ser contraditório, incongruente com a dignidade humana?
Outra: vai soar medieval, mas que direito tem uma mulher de engravidar para dispor da medula ossea da criança? Até então nunca tinha pensado nisso, mas as vezes por amor, a gente também precisa se conformar...