28 abril 2007

Primeira vez que eu te vi
Se ouvi ou vi, não vivi
Seu pique, seu trique-trique
Não vi sushi, sashimi
Nem Eros nem Afrodite
Primeira vez que eu te vi
Primeiro vi seus limites
Vi, não vivi
Não senti onda por ti, não senti
Nem o menor apetite, não senti tremelique, senti
Não vi nenhum colibri, não vi sua “bad trip”
Sino batendo, não ouvi, nem vi se havia convite
Nem com os olhos comi, nem veni,
Nem vidi, nem vici
Primeira vez que eu te vi
Contive os meus palpites...*
* Zélia Duncan

O que é a falta de intimidade não é minha gente? Não há tesão que resista...

22 abril 2007



Dias difíceis, pessoas...

15 abril 2007

O MUNDO É BÃO, SEBASTIÃO!!!



Show do magrelo mais lindo desse mundo! Sinestesicamente perfeito! Audio e visualmente delicioso... Cássia Éller ressucitada em 2 ou 3 músicas, devidos créditos a Arnaldo Antunes e bis com nada menos que Rogério Flausino! \o/

Se a literatura me veste, eu diria sem medo de errar que a (boa) música me despe:

sim, o mundo combina felicidade e tristeza dentro do msm time.

sim, eu só queria te contar que vi (finalmente eu vi!) que a vida ardia sem explicação.

sim, qdo não se tem mais nada não se perde nada - escudo ou espada - pode ser o que se for... Livre do temor!

sim, a vida é msm muuuuuuuuuuuuuuito frágil.

sim, não faz mal. Não se foi, ficou pra trás. (tsc... impossível não lembrar de vc!)

sim, é bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer...

Mas a pergunta da noite é:

Se você piscar tudo some

E o que `cê vai querer

Ver quando você voltar a ver?

Não o breu, quando os seus olhos abrirem

abre giga parênteses: voltaria pra casa feliz e contente após o show. Imediatamente, se dependesse só de mim. Já tinha passado da minha hora de virar abóbora. Mas eis que foi em outra cidade e a pobre que vos escreve não tem carro, portanto precisa de carona de vez em qdo. As cias. eram as melhores e mais animadas-ever. Dai que passei 3 intermináveis hrs esperando o momento feliz que tds cansassem de se espremer num lugar quente, enfumaçado e barulhento.

Que pode haver de bom em se sacudir aleatoriamente, equilibrando-se em saltos altérrimos (e abstraindo o incômodo que isso causa) sem o menor propósito, jesuiscristo?

Sim, eu sou uma velha-anti-social. Meu conceito de diversão não é mto comum...rs. Fecha giga parênteses.



12 abril 2007

Entre meus melhores defeitos está um que realmente me atrasa a vida: a incapacidade de gostar de alguém que eu não admire.

Somos obrigados a conviver c/ vários seres cuja afinidade conosco é nula. Ok. Faz parte. A gente dá uma polida no senso de civilidade e vida que segue, né? Mas pra mim - a que sempre encontra bons motivos pra admirar os outros - é simplesmente impossível desenvolver qquer sentimento por gente que não me acrescenta nada, que não me ensina, que não me "agride", sabe como? (aliás, mentira. Há um ser que consegue isso. Não soma nada, ao contrário, só subtrai, mas eu gosto assim msm. Uma raridade - quase extinta eu diria - mas voltando...)

Enton, sem querer pagar de última bolacha do pacote, mas vamu combiná que esse mundo tá cheio de gente vazia... qdo era mais nova eu juro que fazia um esforço, mas já tem algum tp que me reservo o direito de não ter saco pra social.

(será que é por isso que meu celular toca tão pouco? Que recebo mais e-mails coletivos do que pessoais? Que tem menos fotos no meu painel? hohoho)

Tudo isso pra dizer que meu chefe-cheiroso-e-legal e os postes da calçada pra mim são iguaizinhos: só tem que prestar um cadim de atenção pra não trombar c/ eles. Pronto, falei.

09 abril 2007


Se você não se distrai,
o amor não chega
A sua música não toca
O acaso vira espera e sufoca
A alegria vira ansiedade
E quebra o encanto doce
De te surpreender de verdade

Se você não se distrai,
a estrela não cai
O elevador não chega
E as horas não passam
O dia não nasce, a lua não cresce
A paixão vira peste
O abraço, armadilha

Se você não se distrai,
Não descobre uma nova trilha
Não dá um passeio
Não rí de você mesmo
A vida fica mais dura
O tempo passa doendo
E qualquer trovão mete medo
Se você está sempre temendo
A fúria da tempestade...

PER-FEI-TO!
E bora levar a distração mais a sério...

04 abril 2007

Eu acho uma graça desse povo que gosta de pagar de ateu... Já repararam? Tá na moda não acreditar em nada, digamos, tradicionalmente religioso, mas engole-se qquer besteira q prometa alguma experiência "transcendental". pffffff

Da minha parte, já disse aki, acredito em cada linha do credo católico. (do Credo, bem entendido, aquilo que a gente decora pra fazer 1ª comunhão, lembram?) O que não me tira o senso crítico nem atenua ou agrava nada que eu faça. O que salva a gente é o amor, não é o padre ou o pastor, Alah, Buda ou as boas obras/intenções.

O povo é sem noção? Há comércio religioso? Exploração da boa fé dos humildes? Abusos? Tem padre filho da puta? Tem freira desalmada? Tem, tem, tem!! Mas tem tb - em quantidade vertiginosamente maior - é cristão meia boca... gente que quer soluções fáceis pra problemas difíceis, que se escandaliza por ninharias, não move um músculo por ninguém e enche o peito pra reclamar do mundo.

ok, algumas partes do mundo são inabitáveis, as vezes eu tb acho que o povo lá do ceú deve estartirando um cochilo, mas qdo ouço que Deus é o papai noel dos adultos, sempre me lembro de um velhinho mto foda disse uma vez que os maus só não são bons pq os bons não são melhores... verdade ou mentira?

Verdade tb que minha fé anda bem menos ortodoxa:




Na linha do
horizonte















No alto da montanha










Por onde quer que eu ande esse amor me acompanha




TE vejo pelos campos

















TE sinto até nos ares









TE encontro nas montanhas












E TE ouço nos mares

Sem medo de parecer medieval (até pq eu sou mesmo!) : VC é meu escudo, VC pra mim é tudo, minha fé me leva até vc...

02 abril 2007

PARTIR, ANDAR

... Não há como deter a alvorada
Pra dizer, um bilhete sobre a mesa
Para se mandar, o pé na estrada
Tantas mentiras e no fim
Faltava só uma palavra
Faltava quase sempre um sim
Agora já não falta nada...
* Herbert Viana/Zélia Duncan

E assim morre de morte matada mais um conto de fadas pós moderno.

Sem velório nem flores. Restos mortais devidamente incinerados, as cinzas foram lançadas sobre o mar estranhamente sereno de Neverland.

Luto oficial de três dias. (não mais que isso!)