29 janeiro 2006

ESSE OUTRO MUNDO II

A parte I teve boa aceitação: quatro dos meus cinco leitores habituais se manifestaram!!! Elogiaram, criticaram, pesaram, mediram... e decidiram, quase q por unanimidade q tenho uma espécie de autismo. A quinta leitora provavelmente achou td tãããão familiar q dispensa comentários.



Então, p/ contestar esse diagnóstico superficial [até pq é td subjetivo d+ p/ estar ao alcance de homens desavisados!], hj a pauta é "o lado de lá", q é onde as pessoas geralmente me enxergam. Onde se materializa meu mundo interior. E beeem materializados estão meus kblos curtos, minha branqueleza européia, sardas, unhas rebu+café, óculos de sol [inclusive em dias de sol preguiçoso, pq sou fotofóbica!], jeans e bolsinhas de couro.



Nesse outro mundo prefere-se inverno a verão. Mas o calor do sol, cheiro de mato, céu, rochas e tal fazem tudo + vivo. Toques, sorrisos e perfumes tb fazem TD mais vivo...rs E vivendo (tardiamente) se aprendeu q amigos tb beijam. E q tendo alma p/ isso, pode ser bom d+!



Dorme-se mto, come-se de td, passa-se hooooras na net. Há tps ñ se compra um CD.[perturba-se desavergonhadamente os amigos q possuem banda larga!!] e tem se comprado alguns DVD´s piratas. Aki se lê muitíssimo, de td. De Gabriel Garcia Marquez a Marcelo Rubens Paiva. E, ciente do sacrilégio, ñ se aprecia José Saramago.



Neste lado há perguntas a fazer, claro. Algumas a terminantemente não fazer e outras tantas a sorridentemente ñ responder. Esgotam-se os argumentos, fala-se d+, esquadrinha-se os problemas, pq pra td há de haver uma solução. E se ñ houver, paciência. Perfeição msm, só no Céu. Aliás, aki acredita-se piamente em Céu e considera-se a tese de que inferno é um estado e ñ um lugar;e q, portanto, ñ é preciso morrer pra estar nele.



Aki admira-se gente de coragem. Gente centrada, coesa, íntegra, desconstruída. Gente bem humorada, inteligente, despojada e carinhosa... Mas vive-se as voltas c/ gente desestabilizada, epidérmica, egoísta...Desconhece-se a existência de inimigos, mas manda a verdade que se diga, se é persona non grata em alguns ambientes, em alguns momentos, p/ algumas pessoas [Te encomodo? Que peeena!]



Embora o silêncio seja praticamente matéria prima no outro lado, aki essa entidade ainda ñ é cultuada. Aki andam se dispersando, sabendo pouco de mto, ouvindo sem escutar, relativizando algumas coisas... enfim, é aki que se concebem os sonhos. Mas parece que eles preferem nascer em Neverland

26 janeiro 2006

SE Ñ TEM NADA PRA DEPOIS, PQ Ñ EU?


Td bem q [quase] ninguém viu;

Td bem q teor etílico tava começando a subir;

Td bem q ele fez a gentileza de ñ cantar o verso infame da música

Td bem q eu falei q gosto do Leoni... mas q foi tosco, ah isso foi. Se fosse outro, diria até q foi patético.

Mas a pergunta q ñ quer calar é: se eu ñ tivesse uma quedinha por instrumentos de corda, será q eu tava procurando desculpas pra tamanha falta de criatividade? Vô te contar, neguim se revela!

19 janeiro 2006

PERDER PRA GANHAR

Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência.

Às vezes, usa a raiva, para que possamos compreender o infinito valor da paz.

Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono.

Usa o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos.

Às vezes, o cansaço. Para que possamos compreender o valor do despertar.

Outras vezes usa a doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde.

O fogo para nos ensinar sobre água,

A terra, para que possamos compreender o valor do ar,

Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida.



Eita pedagogia cachorra essa! Será q não pode haver um jeito indolor de aprender?


Talvez. Mas me parece q só consigo assimilar as coisas desse jeito. Perder pra ganhar é uma constante na minha vida, já parei até de reclamar. Maaaaans continuo cheia de perguntas: que acontece qdo não há mais nada pra se perder? Será q a gente pode ganhar coisas s/ se dar conta delas? Alguém encontra o q a gente perde? O q é pior, a sensação de estar perdendo ou a perda em si?

14 janeiro 2006

ESSE OUTRO MUNDO

Existe uma fronteira meramente epidérmica entre dois mundos que eu amo d+. Do lado de lá, de fora, vive-se o mundo cotidiano, de horário comercial. Os medievais talvez o chamassem de secular... do lado de cá, de dentro, há uma existência quase paralela... um mundo de luzes e sombras, em color, sépia ou p&b, só depende de mim.



Aqui os dias as vezes parecem q tem + de 24 hrs. As vezes tem bem menos. Tem anos q mal termina o carnaval e já é aniversário. Esse ano, abri os olhos e já se foram 20 e mtos... Aqui sempre há boa música. Ritmo pra compensar minha inércia habitual. Letras pra não faltar - ou sobrar - palavras. Há livros que contam a minha história nas entrelinhas. Alguns trechos de alguns deles eu msma poderia ter escrito, se tivesse talento.



Aqui fala-se pouco e pensa-se muito, muitíssimo. Aqui há curiosidade de criança e obstinação de adulto. Evita-se os excessos e teme-se vergonhosamente a escassez. As escolhas sempre são difíceis, os erros já tiveram mais importância e os acertos são filhos da coerência com o amor. Aliás, aqui dentro o amor é condição sine qua non pra tudo que eu quero que dure pra sempre.



Daqui observa-se o lado de lá. Questiona-se, critica-se, constroi-se. Aqui é a planta baixa, lá há terreno pra algo grandioso. E talvez porque o trânsito entre lá e cá seja constante, intenso e relativamente fácil, daqui (quase) sempre se enxerga em perspectiva. Mas conserva-se uma distância segura de tudo q não se tenha controle.



Aqui vive-se com saudade. De pessoas, lugares, cheiros, toques, olhares, sorrisos... Aqui lamenta-se tudo que poderia ter sido bom e não foi [e exatamente por isso esgotam-se as possibilidades, sempre]. Aqui se tem um medo irracional do passar do tempo.



Tudo o que vem é recebido com alegria. Todos tem seu lugar. Mas tristemente alguns não tomam posse dele... E msm sabendo que nada é pra sempre nesta vida, aqui eu ainda insisto em alguns absolutos fundamentais pro meu equilíbrio.

08 janeiro 2006

O HOMEM DO ANO



Parabéns nêgo, mto merecido isso. Conquistado palmo a palmo... hahaha


pq presta atenção no que eu falo

pq vc me sente

pq respeita meus limites

pq o silêncio ñ nos incomoda

pq vc me acalma

pq a sinceridade ñ ofende

pq td continua como sempre foi, aliás, como vc disse q seria!






03 janeiro 2006

ENTÃO TÁ...


Achei isso no blog de alguém q admiro muitíssimo. Bom pra começar o ano...



O sentimento segue aquilo que amamos. Se amamos o que é verdadeiro, bom e belo, ele nos conduzirá para lá. O problema, portanto, não é sentir, mas amar as coisas certas. Do mesmo modo, o pensamento não é guia de si próprio, mas se deixa levar pelos amores que temos. Sentir ou conhecer, nenhum dos dois é um guia confiável. Antes de poder seguir qualquer um dos dois, é preciso aprender a escolher os objetos de amor e o critério dessa escolha é: Quais são as coisas que, se dependessem de mim, deveriam durar para sempre?

Há coisas que são boas por alguns instantes, outras por algum tempo. Só algumas são para sempre...
*

* Olavo de Carvalho