04 novembro 2009

O MITO DA MULHER TRISTE

A Revista Época dedicou 3 colunas ao assunto há alguns dias. Dai que eu tinha que dar o meu pitaco também:

Martha Mendonça levantou a lebre citando uma pesquisa que mostra um surpreendente e acentuado declínio da satisfação feminina nas últimas três décadas. Bem, achei 1500 pessoas americanas um espaço amostral no mínimo tendencioso. Mas acho também que a revolução sexual foi um tiro no pé e que o ônus da independência financeira não foi bem dimensionado. Como nossos negros alforriados do séc 19, as mulheres do séc 21 de um modo geral não sabem bem o que fazer com a liberdade que conquistaram.

Ivan Martins foi mais pragmático, pinçando os motivos e dividindo responsabilidades: parte dos problemas femininos se deve ao comportamento dos homens. Antigamente, eles ficavam no casamento, ainda que não ficassem necessariamente em casa... Agora os homens vão embora e frequentemente deixam às mulheres a tarefa de criar os filhos... Na cultura de “vamos ser felizes”, a obrigação essencial de cada um é com a própria felicidade. A noção de dever e de obrigação vai se esgarçando até não significar coisa nenhuma. Lealdade (sobretudo sexual e afetiva) é uma palavra anacrônica. Isso me parece razoável. 

O que não me parece NADA razoável é:

acreditar que um homem que larga mulher e filhos pequenos por alguém que mal conhece e por quem se diz perdidamente apaixonado pode ser confiável;

engravidar de homens que não querem/podem dar suporte emocional nem financeiro;

casar ou manter-se casada com homens egoístas/imaturos/desequilibrados...

Tá bom, estou sendo simplista, parcial e nada solidária à minha raça, mas quis ilustrar que a outra parte dos problemas femininos está justamente nas más escolhas que fazem. Meus exemplos me parecem uma maldição beeeem pior do que permanecer solteira. No dia que eu acordar totalitária de novo, sou bem capaz de dizer que se isso for um castigo deve ser merecido. hohoho

Ruth de Aquino, finalmente, pontuou o óbvio: mulher reclama mais!!! A mulher se expressa mais, na alegria ou na tristeza. O fato de ela se questionar mais não pode ser confundido com infelicidade. Bingo! Já até rascunhei alguma coisa nesse sentido: idealizar é uma prerrogativa nossa. É justamente por reclamar, por não se acomodar, por querer mais e melhor que saimos das cavernas. Nosso nato e eterno inconformismo dita o ritmo em que progride a humanidade. (bonito isso, hein?) 

(A essas alturas devo sublinhar que estou falando de Mulheres, maiúsculas. E não dessas coisas de plástico, porcelana, lágrimas ou sex appeal que nos vendem como referência de mulher moderna, ok?)

Encerro com exemplos da diferença básica entre mulheres e homens:

vários alemães dissidentes tentaram 15(!) vezes matar Adolf Hitler. Uma única judia dissidente, Irena Sendler, salvou de mais de 1500 crianças dos campos de concentração sem precisar de nenhuma conspiração militar;

Homens que se prostituem seguem vendendo seu corpo. Mulheres que se prostituem criaram uma confecção e uma grife, a "Daspu".

Homens com problemas psicológicos compram armas e disparam contra inocentes em cinemas e escolas. Mulheres com problemas psicológicos também criaram uma confecção e uma grife, a "Dasdoida".

Presidiários ociosos promovem rebeliões. Presidiárias ociosas promovem desfiles de moda e um dia de rainha para a vencedora.

Homens perdem o emprego e não querem mais pagar pensão. Mulheres perdem o emprego e vão vender roupa, avon, fazer unha, lavar, passar e faxinar... simplesmente se viram.

Estou generalizando, mas pegaram o espiríto da coisa? Mulheres de verdade fazem alguma mais útil com as insatisfações!!!!

 

4 comentários:

Oksana disse...

Concordo com vc. Claro que existem pessoas batalhadoras de ambos os sexos e de todas as possíveis classes entre um e outro. Mas acho que a mulher tem um instinto de sobrevivência, uma coisa de preservação da espécie que a impulsiona a lutar mais, a não se entregar.
É uma pena que o privilégio do gênero masculino tenha tornado diminuto o conhecimento que temos de grandes mulheres que mudaram os rumos da história. Ainda assim, sabemos de algumas que se destacam, e certamente uma série de anônimas reforça essa tese!

Oksana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jana disse...

É guria, somos mais fortes,mais corajosas,mais batalhadoras,por isso nos que parimos,depilamos, temos colicas,mentruamos... Pq o verdadeiro sexo forte somos nós... mesmo com esse bando de más escolhas que fazemos...

beijos

katy disse...

não acredito que a nossa felicidade dependa de outras pessoas. claro que é bom ter um amor, família,... mas, nós somos responsáveis por nossa felicidade ou infelicidade. bjs e um ótimo fim de semana.