10 outubro 2006

PERFIL

Clara dell Valle. A Clara de Allende, que pretensão pouca é bobagem e tenho duas almas caridosas que concordam comigo. rs

Sou Peter Pan, Calvin (ou o Haroldo?), Garfield, Lisa Simpson. Sou Maria, Teresa(s), Joana, Edith... sou Patrícia Galvão, Olga Benário, Anita Garibaldi... sou o Gabriel de Adriana Calcanhoto, a Olívia de Érico Veríssimo, a Gabriela de Jorge Amado, a Beatriz de Chico Buarque... Sou cinema-pipoca-e-guaraná, MPB, livros, céu & mar, bichos de pelúcia, banho de chuva, fotos, e-mails, amigos - que amigos são pra sempre, mesmo que o sempre não exista , lua cheia, vinho suave, cheiro de mato, gaita, telefone, palavrão, cabeça nas nuvens & pé no chão, dnoninho-que-vale-por-um-bifinho, pegueti de estimação, medo da esquizofrenia, dicionário-de-idéias-afins, porcarias da Elma Chips, bom humor/humor negro, sorvete e casquinha do sorvete, nostalgia, língua solta, eterna criança, adulto chato, ócio criativo e destrutivo também, lado cômico das coisas, gelatina com leite em pó, campping, jeans-e-tênis, curiosidade, senso crítico apurado e é claro, Papai do Céu e Mamãe do Céu... porque sem eles eu seria outra pessoa!!


Sim, meio over tantas - e aparentemente tão divergentes - referências numa mesma pessoa. Mas é que a pessoa em questão é exagerada. Transborda. Não cabe em si. É v-á-r-i-a-s. Várias e nenhuma, sabe como?


Assim ó: as semelhanças são pedacinhos meus que vivem por ai. São tão "eu" que reconheço quando os vejo nos outros. E como são meus, me apodero de quem os possua. (começando a achar desnecessária e enrolada essa tentativa de explicar, mas enfim...) Estou inteira em cada um dos pedacinhos, ok? Dai que nem sempre eles são, assim, um primor... lindo ser a Beatriz de Chico, poético e tals. Mas, manda a verdade que se diga, tb sou o filho único de Cazuza. Eu posso ser a casinha do alto do morro que Armandinho pediu pra Jah e posso também, sem o menor trabalho, me ser a boneca que tem manual de Vanessa da Mata. Poderia ser tanto a pedra mais alta quanto a sereia de Fernando Anitelli. Já fui a moça bonita que cheira qual botão de laranjeira de Geraldo Azevedo e atualmente luto pra deixar de ser o carpinteiro do universo de Raul Seixas. Entendem? A coisa é quimérica, etérea.

Cheia de predicados mas sem definição alguma, ainda. tsc

6 comentários:

Carlinha Salgueiro disse...

De todas estas que são várias-em-uma-só, tem a poética que encanta, até com descrição de si mesma no perfil...
Grande beijo!

Carlinha Salgueiro disse...

Esqueci de dizer adoro a música "eu fico assim sem você..."

Feliz disse...

que moça confiante! adorei isso.

Anaclara disse...

Outras casinhas outrora cantadas tb podem ser bem interessantes...

" Ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela...só pra ver o sol nascer..."

Anônimo disse...

E eu preciso dizer que a descrição é perfeita a começar pelo nome: Clara. Pq eu acho tudo aqui muito transparente, límpido... escrito com a alma. Bjo e ótima semana. :)

Jana disse...

Olha, Clara, escreveste por mim, eu ando me trasbordando diariamente...

Beijos