21 agosto 2007

Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? Assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”

Ah, Clarice... exata!

7 comentários:

Anônimo disse...

Clarice... Perfeita!!

Beijos clarissima

Jana disse...

ai, mas redondo impossivel

eu sei, tu sabe

O post de hj, nem pensei em vc, era pra outra pessoa, tu deve imaginar kkkkkkk

beijos Flor

Feliz de te ter de volta!

Nanda Nascimento disse...

Passando por Vermelho Melancia, cheguei aqui.Belas palavras!!!
Abraços!!

Anônimo disse...

Não há muito o que dizer sobre Clarice.

Ela já diz tudo, jogando o pó das entrelinhas para ar. Para ser respirado.


Mais do que para bons entendedores

inutilia sapiens disse...

oi moça, finalmente consegui linkar!
obrigado pelas palavras!
ah sim...
em breve postarei meus discos preferidos no cenário nacional!!!
=)

me inspiraste moça.
clarice é impar!
clara também!

beijos, apareça.

Mônica disse...

eu consisto também, amém com força!

inutilia sapiens disse...

bom saber que colaborei em algo, moça gentil!
beijos, clara.