Clara dell Valle. A Clara de Allende, que pretensão pouca é bobagem e tenho duas almas caridosas que concordam comigo. rs
Sou Peter Pan, Calvin (ou o Haroldo?), Garfield, Lisa Simpson. Sou Maria, Teresa(s), Joana, Edith... sou Patrícia Galvão, Olga Benário, Anita Garibaldi... sou o Gabriel de Adriana Calcanhoto, a Olívia de Érico Veríssimo, a Gabriela de Jorge Amado, a Beatriz de Chico Buarque... Sou cinema-pipoca-e-guaraná, MPB, livros, céu & mar, bichos de pelúcia, banho de chuva, fotos, e-mails, amigos - que amigos são pra sempre, mesmo que o sempre não exista , lua cheia, vinho suave, cheiro de mato, gaita, telefone, palavrão, cabeça nas nuvens & pé no chão, dnoninho-que-vale-por-um-bifinho, pegueti de estimação, medo da esquizofrenia, dicionário-de-idéias-afins, porcarias da Elma Chips, bom humor/humor negro, sorvete e casquinha do sorvete, nostalgia, língua solta, eterna criança, adulto chato, ócio criativo e destrutivo também, lado cômico das coisas, gelatina com leite em pó, campping, jeans-e-tênis, curiosidade, senso crítico apurado e é claro, Papai do Céu e Mamãe do Céu... porque sem eles eu seria outra pessoa!!
Sim, meio over tantas - e aparentemente tão divergentes - referências numa mesma pessoa. Mas é que a pessoa em questão é exagerada. Transborda. Não cabe em si. É v-á-r-i-a-s. Várias e nenhuma, sabe como?
Assim ó: as semelhanças são pedacinhos meus que vivem por ai. São tão "eu" que reconheço quando os vejo nos outros. E como são meus, me apodero de quem os possua. (começando a achar desnecessária e enrolada essa tentativa de explicar, mas enfim...) Estou inteira em cada um dos pedacinhos, ok? Dai que nem sempre eles são, assim, um primor... lindo ser a Beatriz de Chico, poético e tals. Mas, manda a verdade que se diga, tb sou o filho único de Cazuza. Eu posso ser a casinha do alto do morro que Armandinho pediu pra Jah e posso também, sem o menor trabalho, me ser a boneca que tem manual de Vanessa da Mata. Poderia ser tanto a pedra mais alta quanto a sereia de Fernando Anitelli. Já fui a moça bonita que cheira qual botão de laranjeira de Geraldo Azevedo e atualmente luto pra deixar de ser o carpinteiro do universo de Raul Seixas. Entendem? A coisa é quimérica, etérea.
Cheia de predicados mas sem definição alguma, ainda. tsc

20/10/06 13:53
Eu já te leio há bastante tempo. Não comento sei lá pq, fico sem jeito... sou naturalmente invasivo. Mas hj que falou do Nietzsche não tem como. rsrs
Entre os seus defeitos(que eu acho uma delícia) vc esqueceu de citar os "textos truncados", a respeito dos quais ele tb falou no livro:"o vago é necessário pra tornar distinto"
Termino com um recorte que tá me queimando por dentro:
- Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia, disse Nietzche.
- Como assim, não oferecer companhia?
- Por não prezarem as coisas que prezo! Às vezes enxergo tão profudamente a vida que, de repente, olho ao redor e vejo que ninguém me acompanhou e que meu único companheiro é o tempo.
bjs, MAX